domingo, 4 de outubro de 2015

10 – Vilfredo Pareto (1848 – 1923) Mecanicismo Sociológico.


As idéias de Pareto podem ser classificadas na corrente do pensamento sociológico conhecida por mecanicismo sociológico, que originaria do século XIX, é, juntamente com o mecanicismo filosófico, influenciada pelo progresso das Ciências Físico-Químicas, alcançado no século passado.
Pareto, como os demais mecanicistas, pesando com categorias, terminologia, leis da física e da mecânica, fez também largo uso do pensamento matemático. Daí ter empregado equações, símbolos e raciocínio matemático no desenvolvimento de sua teoria. Devido a tal modo de pensar, afirma ser ele um dos fundadores da sociologia Matemática.
Matemática e mecânica, eis, pois, os pressupostos de sua teoria, que, combinados com a observação, essencial aos fenômenos sociais, levaram Pareto a estabelecer uma metodologia que transforma a sociologia em ciência lógico-experiemental.
A sociologia, diz Pareto, deve-se fundar não em dogmas ou em axiomas, mas na experiência e na observação. Desta forma propôs estudar os 'fatos sociais' com único fim de descobrir suas uniformidades (leis) e as relações que os entrelaçam.
Em 1897 executou um estudo sobre a distribuição de renda e de riquezas em diferentes países. Através deste estudo concluiu que uma minoria (20%) das pessoas controlam a grande maioria (80%) da riqueza. O efeito de Pareto pode ser observado também no Controle de Qualidade onde normalmente 80% dos problemas se originam de apenas 20% das causas.
O gráfico de Pareto é utilizado para mostrar a ação do princípio.Os dados são colocados de tal forma que os poucos fatores que causam a maioria dos problemas podem ser observados.
Na sociologia, Pareto contribuiu para a elevação desta disciplina ao estudo ao estatuto de ciência. Sua recusa em atribuir um caráter utilitário, á ciência, mas antes apontar para sua busca pela verdade independente de sua utilidade, o faz distinguir como objeto da sociologia as ações não-lógicas diferentemente do objeto da economia como sendo as ações lógicas.
O homem para Vilfredo Pareto não é um ser racional, mas um ser que raciocina tão somente. Freqüentemente este homem tanta atribuir justificativas pretensamente lógicas para suas ações ilógicas deixando-se levar pelos sentimentos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário