domingo, 4 de outubro de 2015


8 – Georg Simmel (1858 – 1918) Formalismo Sociológico

Simmel fez sociologia dentro do ponto de vista filosófico. Se destacou como um dos representantes do movimento filosófico que dominava nos meios universitários alemães: o neokantismo.
Portanto, Simmel trouxe para a sociologia a filosofia de Kant. Pensou em construir uma sociologia capaz de fornecer visão unitária do social, apenar da infinita variedade das relações sociais.

Se diferenciou no campo do estudo dos fenômenos sociais em razão de seu interesse pela análise microssociológica, que se refere à investigação da sociedade, mas a partir das ações e reações dos atores sociais em interação.

A sociologia formal é uma perspectiva teórica que está muito próxima da chamada "sociologia da ação", e ambas se contrapõem às concepções teóricas de caráter macrossociológico, como o estruturalismo, o funcionalismo e o neomarxismo.

A partir das concepções filosóficas kantianas, Simmel concluiu que a realidade social é extremamente complexa, e até certo ponto caótica, em relação aos significados. O conhecimento dos fenômenos sociais, que ocorrem imersos nessa realidade e que interessam ao cientista social, só são passíveis de serem apreendidos (ou compreendidos) mediante a adoção de categorias ou modelos analíticos.

As categorias e modelos analíticos servem para ordenar o pensamento de modo que se possa interrogar e interpretar a realidade. Um modelo ou categoria analítica é uma simplificação do real porque opera com base na abstração, num esforço de separação dos fenômenos sociais que estão imersos na complexa realidade social, tanto em seus aspectos sociológicos como históricos.

De acordo com Simmel, os modelos e categorias analíticas não são proposições arbitrárias e nem recursos empregados apenas pelos cientistas sociais que interrogam o real, pois são também utilizados pelos próprios indivíduos que integram a sociedade, como recurso de ação e interação social.
Por, Simmel abriu as portas para a sociologia analítica e teve o mérito de ter despertado o interesse dos sociólogos pelo processo de conflito.

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